No  passado fim de semana realizou-se a Final Four do Torneio de Abertura | Troféu Promotora. Que balanço faz deste fim de semana, bem como de todo o Torneio?

Antes de mais, quero dar os parabéns a todo o staff da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo (AFAH), pois a organização estava excelente. Uma mensagem também para o público que esteve impecável do início ao fim, respeitando as normas de segurança estabelecidas. Dar também os parabéns a todas as equipas pelo trabalho que desenvolveram ao longo do prova.

Na final assistimos a uma partida muito equilibrada, onde uma das equipas acabou por ser mais feliz, fruto dos dois golos marcados.

Importante realçar a grande preocupação da AFAH em fazer cumprir todas as recomendações da Direção Regional da Saúde. Para além do preenchimento de 10% das bancadas com público, como estabelecido, na Final Four fizemos ainda um controlo rigoroso à entrada, onde incluímos a medição de temperatura. Ao logo dos jogos, uma equipa de segurança privada foi sensibilizando os adeptos para manterem as distâncias e não retirarem as máscaras. Adeptos esses que foram extraordinários, quer no cumprimento de todas as regras, quer no apoio incansável às respetivas equipas.

 

Como é que surgiu este Torneio de Abertura?

Na época passada, por causa da pandemia, não houve campeão nem vencedor da taça de ilha. Assim sendo, não podíamos começar a época com a supertaça, como é habitual. Então, este torneio veio não só substituir a supertaça como também dar ritmo às equipas de forma a melhor se prepararem para as restantes provas. Ajudou também que conseguissem aferir o estado físico e mental dos seus atletas, isto após um longo período de paragem.

 

Que avaliação faz do estado atual do futsal na ilha Terceira e o que perspetiva para o futuro?

Das coisas que mais nos preocupam são os quadros competitivos e a chamada esperança de evoluir e melhorar. Uma das nossas lutas tem sido tentar mudar a questão da Série Açores e passar para os quadros nacionais, pois, e principalmente para os atletas mais jovens, há uma esperança maior e qualquer jovem que goste da modalidade ambiciona sempre algo mais e melhor. Acho que devemos ser ambiciosos, embora com os pés bem assentes no chão. Se calhar é preferível termos cem jovens açorianos a jogar numa 2ª Divisão Nacional do que ter só dois ou três numa 1ª divisão? Digo eu.

O futsal na ilha Terceira tem vindo a apresentar melhorias. O ponto menos positivo tem que ver com o futsal feminino que, após um período de evolução e crescimento, começou a decrescer. No entanto, estamos em crer que está a surgir uma nova geração de atletas que contribuirá para que seja retomado o rumo de crescimento.

 

Confirma que foi abordado por algumas pessoas com o intuito de ser criada pela AFAH uma prova de Futsal de veteranos?

Sim. Já várias pessoas me abordaram com essa questão. Antigos atletas de futebol e de futsal têm falado neste assusto. Neste sentido, a AFAH pretende, já na presente época, promover uma mini prova de forma a perceber o feedback dos veteranos. Se sentirmos que a vontade deles é para continuar, então assim será. Faremos os ajustes necessários e o futsal veterano seguirá em frente.

Publicado no DI